Quem vai comprar frutas, dificilmente leva maçãs com marcas escuras na casca – e isso que só as melhores são oferecidas aos consumidores. De fato, o Brasil apresenta um dos maiores índices de perdas de produção pós-colheitas, segundo a Organização de Alimentos e Agricultura (em inglês, FAO).

Para minimizar o desperdício, pesquisadores da UFSC estão aplicando coberturas comestíveis – como uma goma extraída de algas vermelhas – em maçãs minimamente processadas, para garantir a boa aparência delas e ainda prolongar sua vida útil. Resultados preliminares indicam que as frutas duram até 12 dias nas prateleiras, sem escurecer, mantendo sabor e nutrientes que, de outra forma, não resistiriam ao armazenamento prolongado. Chegou a 25 dias a vida útil de cenouras orgânicas cortadas – sem que houvesse esbranquiçamento – graças à aplicação de ozônio e a outros procedimentos testados em laboratório.

Coordenado pela Prof. Alcilene R. M.Fritz, o estudo recebeu financiamento da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e à Inovação do Estado de Santa Catarina). Neste mês deve sair a terceira parcela dos recursos, obtidos após o estudo ter sido selecionado por meio da Chamada Pública Pesquisa Científica, Tecnológica e Inovação em Ciências Agrárias FAPESC 08/2009.