08.04.2010

A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) promoveu hoje um seminário para avaliar os impactos do Programa de Apoio a Pequenas Empresas, conhecido como PAPPE Inovação.

Muitos dos resultados apresentados se referem a inovações tecnológicas para indústrias, como é o caso de um novo processo de soldagem que a empresa IMC Engenharia de Soldagem, Instrumentação e Automação está implementando na Embraco, “com possibilidade de substituir todos os equipamentos de soldagem deles, inclusive no exterior”, diz Raul Gohr Jr, coordenador técnico do projeto.

Em outra vertente, a Vitroplanta Biotecnologia Vegetal estudou como produzir sementes de alho livres de vírus. Além de melhorar a qualidade do alho e por conseqüência dar maior segurança alimentar aos consumidores, a pesquisa contribui para aumentar a produtividade do cultivo e a renda do agricultor que adotar a nova técnica. “Com o mesmo custo, você pode ter até 60% a mais”, explica Osmar A. Crestani, da Vitroplanta, instalada em Videira. Seu cálculo se baseia na produção catarinense de alho em 2009, de 10 toneladas, que poderia subir para 16.

A região sul abastece apenas 8% do mercado brasileiro, dominado pela China (41%) e Argentina (27%). “Nós temos muitos espaço para ocupar, a terra é boa e o clima favorece esta cultura de inverno. Fora isso, o nosso alho (roxo nobre) tempera melhor que o branco importado”, acrescenta Crestani.

Breve histórico

Lançado em 2004, o Programa de Apoio a Pequenas Empresas promove a pesquisa e o desenvolvimento nas empresas catarinenses, favorecendo sua aproximação com instituições de pesquisa, de modo a gerar e implantar inovações com alto valor agregado pelo conhecimento científico e tecnológico.

Os 14 projetos aprovados – via chamada pública – receberam a parcela final dos valores desembolsados pela Fapesc e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
A primeira entrou com RS$ 1.690.264,00 e a segunda, com RS$1.630.023,00, aos quais se somam RS$ 660.892,00 de contrapartida das empresas.

Ambas as instituições aproveitaram comentários feitos durante o seminário de hoje para aperfeiçoar futuros programas. “As dificuldades serão levadas em conta no sentido de melhorar”, garante Jesiel de Marco Gomes, coordenador do programa na Fapesc.

“Foi nossa primeira experiência ligada à subvenção de micro e pequenas empresas”, pondera  César Zucco, diretor de Pesquisa Científica e Tecnológica da Fapesc. O papel da fundação no lançamento da chamada pública, repasse de recursos e acompanhamento aos projetos selecionados por meio dela foi reconhecido pelo coordenador do PAPPE em Santa Catarina por parte da Finep, Renato Cislaghi: “sem parceiros, a gente não vai a lugar nenhum”.

Informações adicionais: Jesiel de Marco Gomes 3215 1235 jesiel@fapesc.sc.gov.br