23.05.2010

A Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTI) realiza na próxima semana, nos dias 25 e 26, a terceira etapa do ciclo 2010 do programa “Excelência na Gestão”. Trata-se de uma ferramenta estratégica voltada para facilitar o acesso dos institutos de pesquisa às mais recentes tecnologias de apoio à administração.

Nesta fase, serão atendidas as cidades de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Brasília (DF), Manaus (AM) e Recife (PE), com oficinas de caráter multiplicador. Ao longo dois dias serão abordados diversos aspectos gerenciais. O objetivo é formar pessoal qualificado para avaliar a gestão de organizações.

Criado há 11 anos, o programa atende entidades públicas e privadas de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico de todo país. O objetivo inicial era promover a melhoria contínua no desempenho desses institutos e torná-los mais competitivos. “A proposta era ofertar uma janela de oportunidades aos nossos associados, que hoje somam 210”, destaca a presidente da Associação, Isa Assef dos Santos.

As metas do programa aumentaram e hoje também incluem ampliar o conhecimento das entidades parceiras sobre as demandas do segmento, com reflexos na elaboração, disseminação e avaliação de seus instrumentos de políticas de ciência e tecnologia (C&T). A iniciativa já contabiliza mais de 80 entidades beneficiadas. “Os resultados alcançados até agora evidenciam que, de uma maneira geral, os institutos de pesquisa estão sensibilizados para a necessidade de melhoria de suas práticas de gestão, porém necessitam de apoio e orientação para compartilhar as experiências e identificar referenciais comparativos”, pontua a presidente da ABIPTI.

Entre os saldos do programa, destaque para a mudança de postura dos institutos de pesquisa, que a partir das oficinas aprenderam a lidar melhor com as questões financeiras e corporativas. Exemplo é o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), de Belo Horizonte (MG), que antes de participar do programa não tinha foco definido para as ações. “Executávamos as atividades rotineiras sem nos preocupar com alguns princípios básicos de gestão”, destaca o assessor de Planejamento Estratégico da entidade, Cezar Augusto de Oliveira.

Ainda segundo ele, o processo de implementação foi árduo e demandou tempo e aprendizado. “Foi um caminho novo, de desafios e de mudança na cultura institucional. Requereu motivação e disposição para fazer. Mas essa nova postura levou-nos a medir, disseminar, comparar e melhorar continuamente. É um novo mover gerencial. Esse programa provocou mudanças culturais e muitas delas radicais”, destaca.

Com as contas equilibradas, o que não faltam, no CDTN, são metas para 2010. “Agora queremos realizar uma pesquisa de imagem institucional, inaugurar o Centro de Difusão do Conhecimento, consolidar o Laboratório de Análise de Mamografia e certificá-lo na ISO 9001”, adianta. “Também pretendemos alcançar pelo menos 500 pontos no modelo de ‘Excelência da Gestão’, da ABIPTI”, garante.

Como funciona

Pela iniciativa, a ABIPTI oferta ao longo de 12 meses capacitação e orientação, como por exemplo, para que os institutos utilizem o modelo de “Gestão do Prêmio Nacional Qualidade” (PNQ), o maior reconhecimento à excelência na gestão das organizações sediadas no Brasil. Entre as atividades, destaque para a elaboração do programa de melhoria do desempenho dos institutos de pesquisa; geração de indicadores de desempenho; capacitação do pessoal das entidades; implementação de práticas inovadoras na gestão organizacional; produção de plano de comunicação; entre outras.

A avaliação é feita por uma comissão composta por membros dos institutos capacitados para tal função. “O que se vê é uma busca cada vez maior pelo programa. Em 2009, 31 instituições participaram. Neste ano, temos 45”, cita Isa Assef. O ciclo atual tem conclusão prevista para março de 2011.

O programa é atualizado a cada ciclo e tem o apoio da Financiadora de Estudos e Projeto (Finep), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), criado para promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à ciência, tecnologia e inovação.

A ABIPTI

A Associação é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, que reúne entidades públicas e privadas de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, com presença nas cinco regiões e 27 unidades da Federação. A ABIPTI possui estreita parceria com os conselhos nacionais de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), além do Fórum de Secretários Municipais da Área de C&T.

A ABIPTI participa do Conselho Consultivo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência de fomente ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Conselho de Administração do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), entre outras instâncias. Desde julho de 2008, a ABIPTI passou a ser o ponto focal regional para América Latina e Caribe da Associação Mundial das Indústrias e Organizações de Pesquisa Tecnológica (Waitro, sigla em inglês).

SUGESTÃO DE FONTES:

– Isa Assef dos Santos – presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTI)

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