No ano de 2013, o Comitê para Democratização da Informática de Santa Catarina (CDI-SC) recolheu 700 toneladas de lixo eletrônico de informática com o projeto Reciclatec. Deste montante foram reaproveitados cerca de 2000 computadores que foram consertados e reutilizados para renovar os 43 laboratórios que o Comitê mantém em 20 municípios no estado. Do total, 453 máquinas foram doadas para escolas, Organizações Sociais e alunos que se formaram no Projeto Fênix – curso gratuito de montagem e manutenção de computadores oferecido pela ONG, patrocinado pela Petrobrás.

 

Apenas 12% do que é arrecadado é reutilizado pelo CDI-SC, o restante é desmontado, separado e vendido para empresas especializadas na reciclagem de cobre, alumínio, plástico, entre outros. Os monitores e placas, que possuem componentes tóxicos, são encaminhados para uma empresa na Alemanha que trabalha com esse tipo de desmonte. Toda a cadeia tem Certificação Ambiental.

 

Uma parte do que o CDI-SC recolhe de lixo eletrônico vem de parcerias com empresas e órgãos públicos no estado de Santa Catarina. Cada vez que renovam seus equipamentos de informática, elas doam os antigos para o Comitê. Além disso, há 38 pontos de coleta (18 criados durante 2013) espalhados na Grande Florianópolis, onde a população pode deixar aparelhos que não utilizem mais. Toda a triagem é feita no Centro de Recuperação e Destinação dos Resíduos Tecnológicos (CERTEC), na Palhoça.

 

“Além de construir uma infraestrutura para inclusão digital, o CDI-SC procura conscientizar a população em geral sobre os prejuízos que os materiais tóxicos presentes em computadores podem causar no meio ambiente e na saúde das pessoas” explica o presidente executivo do Comitê Heitor Blum S. Thiago. Para ensinar mais sobre o descarte correto, a ONG promove o evento Cidade Melhor, com atividades educativas e exposições de outras entidades que trabalhem com reciclagem. Para 2014 estão previstos mais duas edições.