Um dos resultados da ida de representantes do CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) à Rússia foi a assinatura de um Memorando de Entendimento com a Fundação Russa de Pesquisa Básica, cuja sigla inglesa é RFBR (Russian Foundation for Basic Research).
Assinado dia 10 de julho, o acordo terá duração de 5 anos e poderá ser estendido posteriormente. Ele prevê estudos conjuntos entre cientistas russos e brasileiros afiliados a universidades e outras instituições de pesquisa básica.
assinatura_mou_russia
assinatura mou russia
A organização de simpósios e a publicação de eventuais descobertas científicas estão entre as diversas atividades previstas no memorando, firmado entre Sergio Gargioni, presidente do CONFAP (com Oleg Shapipov, diretor do Departamento de Relações Internacionais da RFBR, na foto). “Também discutimos a minuta de um MoU entre os 5 países dos BRICS, mas ainda há necessidade de avaliação”, disse Gargioni, após participar da I Reunião das Agências de Fomento de Ciência e Tecnologia dos BRICS, realizada dia 6 de julho. No encontro, foram abordadas iniciativas de pesquisa e inovação nos países que compõe o bloco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Grupos de trabalho estão sendo sugeridos para dar continuidade ao processo. Logo iniciarão trabalhos para apresentar na reunião de cúpula dos ministros que deve ocorrer neste ano.”
Do dia 7 em diante, sucederam-se visitas de outros membros da missão internacional, como representantes da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), Gargioni e Maria Zaira Turchi, vice-presidente do CONFAP e presidente da FAPEG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás). Eles visitaram a Academia de Ciências da Rússia, onde funciona o RFBR, e a Universidade de Moscou, com o objetivo de conhecer o sistema de formação de pessoal e administração. “O modelo de gestão é mais avançado que nossas federais especialmente com relação ao professor. O contrato é de 5 anos sem estabilidade, portanto, pode ter complementação de salário com recursos que capta ou participar em empresas. Metade dos recursos é do orçamento do governo federal e outra metade é captação via projetos. Aluno não paga”, acrescenta Gargioni, que também preside a FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do EStado de Santa Catarina).
Fonte: Coordenadoria de Comunicação do CONFAP