Com auxílio do programa Sinapse da Inovação, a empresa Fervetec, de Rio Negrinho, produziu um sistema eletrônico para controlar o reuso de água em edificações e que pode economizar em 50% o consumo de água. O projeto recebeu R$ 50 mil em cursos da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) para ser executado ao longo de um ano.
O sistema torna automático o reuso da água, limitando ao máximo a intervenção humana, tornando o procedimento confiável e de baixo custo, e as operações padronizadas e simples.  O processo é coordenado por uma placa eletrônica que trabalha com fluxo de água em todo o edifício, como lavanderia, pias, chuveiro e captação de água da chuva. A água passa por filtros de limpeza e se desloca até a cisterna, então a placa eletrônica faz a leitura dos níveis com sensores instalados nos reservatórios. A água armazenada é direcionada para a caixa de descarga do banheiro e torneiras externas, e a placa executa a comunicação entre os sinais de entrada e as saídas (bombas, válvulas, sensores, chaves).
fervetec - manual reuso agua
O produto chamado de CERAGUA (Controlador Eletrônico para Reuso da Água) possui uma função de controle na lavação externa, para onde o equipamento direciona a água com pressão, minimizando o uso de água tratada onde não é necessário. “Outro diferencial do CERAGUA é que ele monitora quando não houver água de reuso no sistema hidráulico e a direciona conforme necessidade”, diz Adriano da Veiga, coordenador do projeto.  O custo de instalação do equipamento depende do dimensionamento de todo o sistema hidráulico que abrange o reuso e a captação da água da chuva e da máquina de lavar. A economia no consumo de água está estimada em 50%.
A Fervetec fez uma parceria com o SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Rio Negrinho, que tem estimulado em escolas o cuidado com o meio ambiente utilizando o Controlador Eletrônico de Reuso de Água. A partir dessa parceria, outras entidades manifestaram interesse em implantar o sistema, como a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) do município, que já o instalou e deu feedback positivo da eficiência do sistema. “Estamos efetuando orçamentos em outros pontos, como APAE de Itaiópolis, um hotel em São Bento do Sul, uma construtora de Joinville com projeto dentro de uma indústria, e em residências de Rio Negrinho”, conta Adriano.
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Depois da abertura com auxílio do Sinapse, a empresa já participou de etapa de seleção do Exporta-SC, programa para internacionalização de empresas catarinenses,  e de edital da ANA (Agência Nacional das Águas), a fim de complementar o orçamento e poder crescer no mercado.
O Sinapse da Inovação foi lançado em 2008 em Santa Catarina para identificar e apoiar ideias inovadoras com potencial para se tornarem negócios de sucesso, e desde então já teve 5 edições no estado. O programa é  executado pela FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), com apoio do Sebrae/SC (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e operacionalizado pela Fundação CERTI. O sucesso do programa em Santa Catarina despertou interesse do estado do Amazonas, que abriu o primeiro edital neste ano.
 
Fonte: Jéssica Trombini – Assessoria de Comunicação da FAPESC