Começa hoje, 5, a primeira edição do Encontro Catarinense de Gerenciamento Genético de Tilápia, realizado pela unidade de piscicultura de Itajaí pertencente ao Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). O evento tem apoio da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) por meio do edital PROEVENTOS.
O evento que vai até quarta-feira tem o objetivo de promover o debate, entre os atores da cadeia produtiva da tilápia, para tratar sobre a importância do gerenciamento genético para tilapicultura catarinense. São esperados mais de cem técnicos, produtores e presidentes de associações ligadas à piscicultura. O encontro também ajudará a divulgar o programa de melhoramento genético de tilápia da Epagri, a fim de auxiliar o projeto a fomentar a piscicultura catarinense com a disponibilização de matrizes melhoradas para os produtores de alevinos.
O evento deve atrair produtores de outros estados, como Rio Grande do Sul, Goiás e Paraná, que hoje é o estado com maior produção de tilápia no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira dos Piscicultores (PEIXEBR), o Brasil está entre os 15 maiores produtores de peixe do mundo, e a piscicultura nos últimos 10 anos cresceu mais do que as outras atividades zootécnicas, como a avicultura e suinocultura. A atividade movimenta cerca de R$ 4 bilhões/ano, gerando para o país cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. Em Santa Catarina a produção de peixes foi de 43,3 mil toneladas em 2016, sendo a tilapicultura responsável por 71,2% da produção.

O gerenciamento genético inadequado pode levar a perdas de potencial zootécnico e variabilidade genética, além de problemas com deformidades. Devido às necessidades, a Epagri iniciou em 2011 um projeto de seleção de tilápias da linhagem GIFT com o objetivo de fornecer matrizes de qualidade aos produtores de alevinos de Santa Catarina, a partir de uma linhagem adaptada às condições de cultivo do Estado. “Esta linhagem que foi desenvolvida na Ásia e introduzida no Brasil pela antiga Secretaria de Aquicultura e Pesca (SEAP) em 2004. Esse material genético foi selecionado por diversas gerações para parâmetros de interesse econômico, como: crescimento, rendimento de filé, reprodução”, explica , Bruno Corrêa da Silva, pesquisador responsável pela unidade de piscicultura de Itajaí e coordenador do evento. O trabalho da Epagri é selecionar tilápias mais adaptadas ao clima brasileiro e às nossas condições locais de cultivo.
Na programação do Encontro estão previstas a inauguração do Sistema Experimental em Recirculação para Aquicultura (RAS) e entrega de kits de análise de água aos extensionistas da Epagri atuantes em piscicultura.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação da FAPESC com informações da EPAGRI