Sem poder falar e nem escrever na primeira atividade, os pesquisadores dos programas de pós-graduação da Unisul e da UFSC precisaram elaborar desenhos alusivos a seus estudos para que os colegas descobrissem seus temas de teses ou dissertações. A atividade totalmente conduzida em inglês foi proposta por duas professoras que representaram o Conselho Britânico no Workshop Desenvolvimento de Habilidades em Comunicação Científica, promovido até sexta-feira, 10/2, na Unidade Pedra Branca.
As professoras do Conselho Britânico Marly D’Amaro Blasques Tooge e Flavia Rodrigues conduziram as atividades do Workshop. A primeira ação estimulou os pesquisadores a desenvolverem um tipo de comunicação diferenciada. “Nem sempre você tem o poder da palavra e nem sempre você tem o poder de escrever. Então, tem que se comunicar de outras formas e verificar se é efetiva ou não”, explica a professora Flavia Rodrigues.
Ao longo dos três dias do evento a língua inglesa foi exclusiva em todas as atividades. A promoção do Workshop é do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) com recursos do Fundo Newton e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). “O Conselho Britânico e o Fundo Newton pretendem capacitar pesquisadores catarinenses para elaboração de projetos de pesquisa mais persuasivos, digamos assim, que ganhe competitividade para a busca de fomentos internacionais”, contextualiza o coordenador do PPGCS, professor Jefferson Traebert.

O evento teve quatro módulos de atividades muito dinâmicas. A primeira ação integrou o Módulo Fundamentos, que é seguido pelos módulos Abstratos, Colaboração Acadêmica e Redação de Projetos. De acordo com a professora Marly Tooge, todo o meio acadêmico hoje está focado na internacionalização. “O objetivo é fornecer para os pesquisadores estratégias para que se comuniquem fora do Brasil na língua inglesa. Desenvolvemos essas ações para que eles apresentem melhor os próprios trabalhos, desenvolvam técnicas e habilidades tanto orais, quanto escritas, quanto desenvolvimento de projetos para terem verbas”, comenta.
As duas professoras que representaram o Conselho Britânico passaram por uma seleção de mais de 200 candidatos. “Nós somos hoje cinco treinadores brasileiros. Todos nós temos os requisitos que eles pediram que é Doutorado, mas todos nós temos experiência no exterior”, complementa Marly. “O treinamento foi em São Paulo e dos duzentos ficamos em quinze para fazer o treinamento”.
O curso integra o programa Researcher Connect, oferecido pelo Newton Fund Professional Development & Engagement. O Fundo pretende criar entre o Reino Unido e Brasil, apoio em pesquisa e inovação de relevância direta para o desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Fonte: Unisul Hoje