O Núcleo da Mulher Empreendedora da Associação Empresarial de Lages, lançou neste mês portfolio sobre suas ações desde 1994, quando foi fundado, e as devolutivas da pesquisa socioeconômica realizada em Lages com apoio da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Esta Fundação foi representada pela coordenadora Maria Cristina Hatz.
 
Andreia Strasser (com portifólio na mão) e Neide Turra (d),
Organizada pela comissão formada pelas empreendedoras Andréia Strasser, Neide Turra e pela Professora Dra. Cristina Yamaguchi, a pesquisa teve como objetivo geral analisar os fatores que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico da maior cidade serrana. “A relevância da análise foi dar respostas a perguntas como por que Lages não se desenvolve?”, frisou Turra.
De acordo com as organizadoras, a pesquisa visou entender o momento pelo qual Lages está passando. Ao total 1042 pessoas, entre presidentes de associações, empresários, representantes de sindicatos patronais e laborais, de universidades, profissionais autônomos, entre outros, participaram da parte quantitativa, realizada por meio de questionários. Na parte qualitativa foram ouvidas 286 pessoas, participantes dos chamados grupos focais que tem como objetivo confirmar as informações obtidas na fase quantitativa da pesquisa.
A Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão da Uniplac Dra. Lilia Aparecida Kanan, foi quem apresentou os resultados obtidos. Nos aspectos positivos associados à imagem do empresário lageano, 18,7% dos pesquisados responderam que eles são envolvidos com a empresa e 18,2% destacaram que são persistentes no negócio. Nos aspectos negativos relacionados à imagem dos empresários, 15,2% acham que são conservadores e 11,1% os consideram pouco visionários.
Em relação aos fatores que têm contribuído para o crescimento e desenvolvimento de Lages, 20,4% responderam que se deve ao desenvolvimento científico e tecnológico através das universidades e escolas técnicas, 18,6% acreditam que o principal fator são os investimentos locais e 15,5% acreditam que seja a localização geográfica.
Entre os aspectos positivos da cidade de Lages 22,6% destacaram que é um bom lugar para morar, 14,3% ressaltaram o clima como diferencial positivo e 12,2% apontaram os muitos recursos naturais da cidade. Nos aspectos negativos 17,6% destacaram poucas oportunidades de empregos, 16,5% dos entrevistados apontaram Lages como um lugar de poucas oportunidades e 11,4% ressaltaram que é uma cidade sem opções de lazer.
Na parte qualitativa da pesquisa observou-se, entre outras questões que a acomodação e a passividade dos empresários lageanos são decorrentes do passado histórico, segundo os entrevistados. A ideia da cidade pobre, onde nada se desenvolve ou floresce, onde inexistem boas oportunidades, onde a descrença é frequente, esteve significativamente presente nas falas dos pesquisados.
A pesquisa, que está em fase de conclusão, está sendo utilizada pelas organizadoras para o debate, junto à comunidade, visando soluções e ações referentes aos problemas abordados. Além disso, ela deverá ser apresentada a autoridades para auxiliar na tomada de decisão em prol do crescimento da cidade. No dia 10 de março, durante evento Mulheres de Sucesso, da ACIL, também será lançado um livro com os resultados da pesquisa.
Fonte: ACIL