Alunos do ensino médio de Cocal do Sul fizeram pesquisas sobre o vinho e a enologia, que estuda características como aroma, sabor e coloração, além de curiosidades como combinações com alimentos. Também produziram vinhos tintos e brancos – que não puderam consumir–, mas que serviram como aula de química.
Também fizeram uma enquete, em Urussanga, sobre o nível de conhecimento das pessoas sobre o vinho, constatando que a maioria desconhece que as mulheres não devem beber mais que 15 ml de vinho por dia, para ter os benefícios do resveratrol. No caso masculino, a dose pode ser dobrada. Além disso, “o número de homens com câncer de pulmão é muito menor naqueles que consomem vinho tinto do que nos que consomem outras bebidas com certo teor alcoólico”, dizem os estudantes Débora Mazzuco; Gabriel de Fáveri Saccon; Isadora Hoffman; Lya Sorato de Noni; Rafaela Tavares Cechinel, do Colégio Maximiliano Gaidzinski.
maximiliano gaidzinski  jornada iniciacao cientifica 2014
“Deve-se seguir o aconselhado quando for ingerir a bebida, esta que pode ser uma boa aliada, mas também uma vilã ao organismo”, completam.
Hábito milenar
O trabalho deles ressalta que é impossível afirmar quem inventou o vinho e quando, mas o local teria sido o sudeste asiático, onde em cavernas pré-históricas foram encontradas sementes e folhas de uva. Por meio do comércio, o vinho foi levado para a Europa e acabou prosperando na região mediterrânea, inclusive em Portugal, país responsável por trazer o vinho ao Brasil no século XVI com a missão colonizadora de Martim Afonso de Souza, que trouxe vinhas dos Açores.
Estas vinhas foram plantadas inicialmente no litoral paulista, mas devido às condições inadequadas de clima e solo foram levadas para o interior, e se fortaleceram principalmente no Sul do país. No entanto, a concorrência entre os vinhos brasileiros e do Porto levaram à destruição de quase todos os vinhedos do país. Assim, a produção só seria retomada com a vinda de imigrantes europeus no final do século XIX.
Orientado pela Prof. Magali Mari Loppnow, o artigo resultou de uma das 30 bolsas de Iniciação Científica Junior concedida pela FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Os trabalhos foram desenvolvidos ao longo de 2014. Do auxílio surgiram pesquisas nas mais diversas áreas, que foram apresentadas na Jornada de Iniciação Científica do ano passado.
Fonte: Heloisa Dallanhol –  Coordenadoria de Comunicação da FAPESC