Um número crescente de acidentes de trânsito em Florianópolis tem levado profissionais de saúde a tentar minimizar suas conseqüências, entre elas as mutilações. A inovação e o suporte à reabilitação de pessoas amputadas no município foram objetos de um estudo, cujos resultados preliminares foram apresentados dia 5 de abril,  durante o Seminário de Avaliação Parcial do PPSUS (Programa de Pesquisa para o SUS), promovido pela FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e inovação do Estado de Santa Catarina).

 
“Muitos são os problemas enfrentados por essas pessoas até que tenham garantia de acesso a serviços de saúde, entre eles o isolamento devido à autoestima reduzida. Daí a importância do retorno ao trabalho e a outros papéis na sociedade”, salienta Soraia Cristina Tonon da Luz, coordenadora da pesquisa desenvolvida UDESC (Universidade do Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina).
Na instituição, ela também coordena o Reabilitar e Integrar, programa de extensão que trata da saúde da pessoa amputada que precisa de reabilitação pré e pós-protetização. O programa já atendeu a 66 pessoas em 820 sessões de fisioterapia. “No acolhimento aos pacientes amputados, damos um kit com bolsa, faixas elásticas para enfaixamento do coto e manuais informativos e realizamos o encaminhamento para reabilitação no nosso projeto”, explica a professora, que tem Doutorado em Alto Rendimiento Deportivo pela Universidade Pablo de Olavide, da Espanha. A consolidação de um programa de extensão num centro de referência em reabilitação proporciona ensino e serviços à população.
“A reabilitação plena ou integral é complexa e exige equipe multiprofissional. Ao final do componente reabilitativo, tentamos que o paciente tenha uma prótese para atividades diárias, profissionais e recreativas, segundo a Prof. Dra. Soraia Cristina Tonon da Luz.
O estudo abordado no dia 5 de abril foi contemplado na CHAMADA PÚBLICA FAPESC Nº 07/2013 MS-DECIT/CNPq/SES-SC . Como desdobramento dele, foram concluídas 3 dissertações de mestrado e outros 3 TCCs, sem falar em artigo publicado na Revista Fisioterapia em movimento.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação da FAPESC