Por que é importante investigar uma “dor nas juntas” persistente? Essa pergunta e muitas outras foram respondidas durante o IV Congresso Sul Brasileiro de Dor, realizado em Florianópolis, nos dias 16 e 17 de setembro. “Dores nas costas e nos joelhos chegam a travar movimentos, e como muitas vezes são passageiras as pessoas não vão ao médico, ou quando o consultam, não têm abordagem terapêutica adequada. O problema do ‘vai passar’ é não tratar a dor articular no início”, disse a Dra. Juliana Barcellos de Souza, presidente do evento promovido neste que é o Ano Mundial Contra a Dor nas Articulações.
“A cada ano, a Associação Internacional para o Estudo da Dor elege um tipo de dor para a campanha mundial de combate à dor e em 2016, a escolhida foi a dor articular”, explica a fisioterapeuta que atua na Clínica Educa a Dor e no Hospital Universitário UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Ela acrescenta que as conseqüências de dores ignoradas custam caro para o sistema de saúde e podem levar à invalidez, num caso extremo. “No início, o problema é mais fácil de ser tratado. Às vezes, basta um ajuste na cadeira de trabalho, se ela estiver muito baixa ou muito alta.” Até aspectos jurídicos de interesse do paciente foram abordados no painel inaugural do Congresso, o qual teve como moderador o Educador Físico da UFSC, Yuri Cordeiro Szeremeta.
 
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Também havia advogados, médicos, farmacêuticos, nutricionistas e profissionais das mais variadas áreas. “É legal ver o que o colega pode oferecer e homogeneizar o discurso de todo mundo, pois a gente tem que agir em equipe e saber direcionar o paciente para o colega, no momento certo”, afirmou a fisioterapeuta, que fez seu mestrado na UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), doutorado na Universidade de Sherbrooke (Canadá), e pós-doutorado na UFSC e na referida instituição canadense. Dela também veio Guillaume Léonard, fisioterapeuta, com doutorado na Universidade de Sherbrooke e professor no centro universitário de reabilitação, que abordou em Florianópolis o que leva o idoso a sentir mais dor, apesar de seu sistema nervoso central ter envelhecido e, de certa forma, perdido sensibilidade.
Por sua vez, o PhD. em Medicina pela Universidade de Sidney (Austrália), Dr. Jamir Sardá Jr, falou sobre doenças ocupacionais em Santa Catarina numa mesa redonda que teve como foco o serviço de saúde do SESI (Serviço Social da Indústria). O psicólogo e professor do Curso de Psicologia da Univali participou em diversos outros momentos do congresso, também por ser presidente da ACED (Associação Catarinense para o estudo da dor) regional catarinense da SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor), realizadores do evento apoiado financeiramente por meio do programa Proeventos, da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).
 
Fonte: Coordenadoria de Comunicação da FAPESC