Os professores Marin Marinov, da Universidade de Newcastle, e Acires Dias, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), apresentaram resultados do projeto apoiado pelo Fundo Newton e pela FAPESC (Fundação de Amparo à pesquisa e Inovação do estado de Santa Catarina). O estudo intitulado Método Sistemático de concepção de serviços ferroviários para redes regionais de ferrovias, incorporando transferência e aplicação de novas tecnologias para passageiros e carga foi selecionado na chamada Fellowships, Research Mobility and Young Investigator, lançada em 2015 pelo Research Council do Reino Unido, em parceria com o CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa).

À mesa, o presidente da FAPESC, Sergio Gargioni; o prof. Acires Dias; o coordenador de projetos responsável pelo Fundo Newton, Leonardo de Lucca; e o prof. Marinov.
À mesa, o presidente da FAPESC, Sergio Gargioni; o prof. Acires Dias; o coordenador de projetos responsável pelo Fundo Newton, Leonardo de Lucca; e o prof. Marinov.

 
Além de estabelecer o início de uma rede acadêmico-científica, os pesquisadores envolvidos no projeto analisaram a importância da inovação e do desenvolvimento tecnológico dos transportes ferroviário e metroviário, como trens de alta velocidade e sistemas de transporte multimodais e de passageiros VLT (veículo leve sobre trilhos). “As principais conclusões da pesquisa foram que Santa Catarina tem um grande potencial para implantação de um sistema ferroviário multimodal. Em função da carga industrial, a malha do estado é bastante variada, não sendo utilizada apenas para o transporte de commodities”, diz o professor Marinov.
Os resultados do estudo deverão ser compartilhados com stakeholders, tanto da academia quanto das indústrias. “A implantação do sistema intermodal pode também modernizar o parque industrial. Precisamos mudar a visão do Brasil em relação ao sistema ferroviário”, declara o prof. Dias. O sistema já é usado em larga escala na Europa, e pode ser aplicado em Santa Catarina por transferência de tecnologia.
Outras etapas da pesquisa devem detectar boas experiências de Santa Catarina que possam ser replicadas na Europa, identificar cidades catarinenses que possam ser ligadas por ferrovias e conectar os portos brasileiros a esse meio de transporte.
 
Fonte: Coordenadoria de Comunicação da FAPESC